A cidade de Londres respira Olimpíadas, em cada
esquina se encontram pessoas de diversas nacionalidades orgulhosamente
carregando suas bandeiras. E apesar de receber diariamente um milhão de
visitantes além do comum, parece ter se preparado muito bem para esse
momento.
Em visita à Prefeitura de Londres, esta semana, as
consultoras para assuntos Olímpicos e Paraolímpicos, Julie Fleck e Terry
Day, contaram à equipe do site Romario.org que a acessibilidade sempre
esteve entre os assuntos prioritários em todas as discussões sobre a
preparação dos jogos.
Elas citaram como exemplo as plantas de
edifícios novos que chegavam à prefeitura. Segundo as consultoras, os
projetos que não estivessem de acordo com as normas britânicas não
recebiam autorização para iniciar as obras, a não ser que fizessem as
devidas alterações, que elas chamam de “inclusivas”.
Explicaram
ainda que as adaptações foram além da acessibilidade. “O ideal é
possibilitar que os deficientes se locomovam de forma independente,
tendo em vista que obras acessíveis, rampas muito íngremes ou portas
giratórias, nem sempre têm essa finalidade”, explicaram. Elas
descreveram ainda que o conceito de adaptação inclusiva significa
adequar o ambiente para que todos possam entrar e sair pela mesma porta
de acesso, sem discriminar o deficiente, obrigando-o a utilizar uma
porta diferente, nos fundos ou em laterais onde haja rampas.
A
acessibilidade é levada tão a sério, que a comissão olímpica criada
para os jogos é chamada de Olímpica e Paraolímpica, sem discriminação
das fases dos jogos, pois ao iniciar a construção das arenas para as
competições, havia sempre a preocupação de que ali também seriam
recebidos atletas paraolímpicos e visitantes deficientes. Contudo, as
consultoras afirmam que nem sempre foi assim. A luta pelos direitos dos
deficientes se iniciou há quase 40 anos, pelos próprios deficientes que
moram na capital, que saíram às ruas para reivindicar por mudanças.
Enquanto
isso no Brasil, a acessibilidade ainda não está no topo das
prioridades. Apesar da luta incessante do deputado Romário para que o
assunto esteja sempre em discussão dentro da Câmara dos Deputados,
observa-se que ainda há muito a ser conquistado quando o tema é
acessibilidade inclusiva.
O deputado Romário lamenta que os
brasileiros não tenham ainda a mentalidade dos ingleses em relação à
acessibilidade, apesar de ter 30 milhões de pessoas com algum tipo de
deficiência. Para ele, o Brasil caminha a passos de tartaruga em direção
às conquistas dos deficientes físicos, mentais ou intelectuais. “Eu,
sendo um deputado que venho lutando por uma qualidade de vida melhor
para as pessoas com deficiência, espero muito que essas novas obras para
a Copa das Confederações de 2013, Copa do Mundo de 2014 e Olimpíadas de
2016, possam trazer resultados positivos, legados, pra esse segmento da
nossa sociedade. Aqueles que duvidam, é só dar um pulinho aqui em
Londres e ver que realmente é possível, quando se quer e se tem vontade.
Não adianta sermos a 7ª economia do mundial se nem todos se beneficiam
com isso. Em termos de acessibilidade, não figuramos ainda nem entre os
50”, observa Romário, e pede: “Acorda Brasil!”.
fonte:http://www.romario.org
apoio: http://www.sandrowaldez.com.br/
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